O Teatro das Heroínas de Tejucupapo foi fundado no ano de 1993 por dona Luzia Maria da Silva. Quando se encontrava enferma, internada na cidade do Recife, dona Luzia fez uma promessa de que se restaurasse sua saúde contaria a história das suas antepassadas. 

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A história era do conflito armado ocorrido na época do Brasil colônia, quando em 1646, as mulheres do pequeno vilarejo de Tejucupapo, município de Goiana, Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco, tiveram suas terras invadidas por holandeses. Conta-se que os soldados holandeses invadiram a aldeia num momento de vulnerabilidade, quando os homens se ausentaram para vender o produto dos seus pescados na capital. Cientes do que seria o terceiro ataque holandês em busca de saquear alimentos e produtos, a aldeia, lideradas por Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Maria Joaquina, teria organizado sua defesa se utilizando de objetos rústicos que tinham ao seu alcance como paus, pedras, chuços e água fervida com pimenta. Posicionaram-se nas trincheiras,  contando com a ajuda de seus filhos e  parentes, derrotaram os invasores, saindo vitoriosas. 

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Dona Luzia, hoje com 77 anos de idade, auxiliar de enfermagem de formação e sem estudos no ramo das artes cênicas, encontrou no teatro uma forma de pagar sua promessa. Nos dias de hoje o Teatro das Heroínas de Tejucupapo, por ela  idealizado, é o segundo maior teatro ao ar livre de Pernambuco e foi nomeado Patrimônio Vivo do Estado. Em 2023, apresenta sua 30ª encenação.